segunda-feira, 25 de julho de 2011

conto "O preço do amor"

Amigos,
deu um trabalhão, mas consegui reproduzir em 17 partes o conto "O preço do amor",
presente em "Prisão Perpétua" (Iluminuras, tradução Sérgio Molina e Rubia Prates Goldoni),
do escritor do mês,
Ricardo Piglia.
Quem não puder, ou não teve tempo,
de ler nada do nosso autor,
vale a pena ler este belo conto.
Boa leitura

parte 1

parte 1

parte 2

parte 3

parte 4

parte 5

parte 6

parte 7

parte 8

parte 9

parte 10

parte 11

parte 12

parte 13

parte 14

parte 15

parte 16

parte 17

terça-feira, 14 de junho de 2011

Datas do clube de leitores

Amigos,
devido às festas juninas, período em que o Yazigi fará um ressesso,
não teremos reunião este mês. Assim,
o encontro em que conversaremos sobre a obra de Ricardo Piglia
ficará para o último sábado de julho, dia 30.
Dia 23, no sábado anterior,
faremos, lá na escola, uma sessão com dois filmes:
"Plata Quemada", baseado na obra de Piglia,
e "Coração Iluminado", roteiro escrito por Babenco.
Aproveito pra divulgar datas
e atividades dos próximos encontros.

CRONOGRAMA


dia 30 de julho - escritor argentino Ricardo Piglia
com a mostra dia 23 em que serão exibidos
os filmes "Plata Quemada" (2000, Marcelo Piñeyro), baseado na obra do escritor
e "Coração Iluminado" (1996, Hector Babenco), com roteiro escrito por Ricardo Piglia

dia 27 de agosto - escritor sul-africano J. M Coetzee
exibição no dia 20 de agosto do filme "Desonra" (2008, Steve Jacobs), baseado em romance homônimo do escritor

dia 24 de setembro - escritor argentino Alan Pauls
exibição  no dia 17 dos filmes "O Passado" (2007, Hector Babenco), baseado em romance homônimo do escritor
 e "Vidas Privadas" (2001, Fito Paez), roteiro de Pauls

domingo, 5 de junho de 2011

Ricardo Piglia














O autor deste mês do clube de leitores de João Pessoa é Ricardo Piglia
Argentino, professor de literatura. Completará 70 anos em novembro.
Escreveu 23 livros. Foram 5 na área de ensaio - não li nenhum; romance e conto empatam com 4 títulos cada.
Segue a lista abaixo e um comentário breve dos que já li. Coloquei um marcador nas obras que já li (em amarelo) e nos que estou lendo (laranja)


Contos

  • 1967 - A Invasão- 
Deveria ter lido o volume de trás para frente. Gostei muitíssimo das narrativas finais.  Piglia é um escritor que está sempre testando as formas de narrar. Vai sempre escavando um espaço entre a realidade e a ficção como se fizesse da metalinguagem um jogo de baralho. O boxe, os agentes secretos da ditadura argentina, as crianças, são alguns dos temas que ele aborda com maestria



  • 1975  Nome Falso
Obra-prima. Mistura de romance policial com crítica literária. Aqui, num volume curto e fulminante, que, não sei por qual razão é catalogado como um volume de contos, porque o encadeamento dos capítulos lhe dão uma unidade de romance; Piglia nesta obra prova que, sim, é um autor que contribuiu para colocar o gênero romance além de suas fronteiras, novamente trabalhando naquela hesitação entre verdade e verdade ficcional tendo como mote um conto perdido do escritor argentino Roberto Arlt, Piglia mostra porque é o grande nome da literatura sul-americana dos últimos tempos. 



  • 1988 Prisão perpétua
Foi o primeiro livro de Piglia que li e de que gosto imensamente. Lembro-me de personagens marcantes como o boxeador derrotado bêbado e com um recorte de jornal que lhe registrou à única glória; um jornalista que, por entender de psicolinguística conseguiu desvendar um crime. O engenho e a arte de um grande contador de histórias. Prometi a mim mesmo reler o livro até a reunião do clube. 


  • 1995 Contos Morais 
Não tenho notícia desta obra. Não saiu no Brasil e não consegui localizar a edição original em sites que eu confio - havia um na Amazon, mas como nunca comprei lá, fiquei com medo de arriscar. 

Romances
  • 1980 Respiração Artificial  
É o livro dele que estou lendo neste exato momento. Até onde li de Piglia, é aqui onde ele mais radicaliza; parecer que é uma espécie de Oito e meio dele. Gosto muito da cena inicial, um dos melhores começos de romance: "dá uma história? Se dá..." ; não só a frase inicial, mas a cena inicial é muito boa, com a descrição da foto, do tio, da história do tio, da história por trás da história do tio, uma verdadeira lição do que seja a "boneca russa", o encadeamento de histórias. 


  • 1992 A Cidade Ausente
Cometi o desatino de ler só a primeira frase e já gostei. Como estou na metade de Respiração Artificial, acredito que comece a lê-lo em pouco tempo. 







  • 1997 Dinheiro Queimado
Há um filme baseado no romance. Eu baixei e vi. Eu não sabia que a história se baseava em um fato real e, confesso, quando li o aviso ao final do filme, toda a película se ressignificou. Não sei o que vou fazer pra resistir e não ler mais de um romance ao mesmo tempo. 





  • 2010 Blanco nocturno
Ainda sem tradução pro Brasil, já o encomendei. É o último trabalho de Piglia. 






PS. Segue o link do trailer de "Plata Quemada". Escreverei outro post sobre a relação de Piglia com o cinema. Ele é roteirista, tem outros trabalhos nesta área.


sexta-feira, 27 de maio de 2011

Philip Roth autor do mês no Clube de Leitores

Neste sábado (28), haverá reunião do Clube de Leitores. Quem vai conduzir a discussão é o escritor Astier Basílio. O autor debatido será o escritor americano Philip Roth. Considerado um dos mais importantes escritores vivos da atualidade, ele é autor de importantes livros como “Pastoral Americana”, “Teatro de Sabbath”. A sessão terá início a partir das 16 horas, no Yazigi, em João Pessoa. A entrada é franca. Toda a conversa será em português.  Podem participar alunos e não alunos.
            A dinâmica dos encontros se dá da seguinte forma: são apresentadas informações gerais sobre o autor a ser debatido, alternam-se a cada mês escritores de língua inglesa com de língua espanhola, em seguida os participantes conversam sobre o livro ou outros livros que leu do autor do mês. “Se o interessado tiver lido algo, terá como contribuir na discussão de uma maneira até melhor, mas não é pré-requisito para participar”, adverte Astier. “Interessados em uma conversa sobre literatura, mas que não leram nada do autor também são bem-vindos, até para tomar conhecimento da dinâmica do grupo que está se consolidando”.

terça-feira, 3 de maio de 2011

Philip Roth


Amigos, este é o autor do mês.
O próximo encontro acontecerá no dia 28 de maio, último sábado do mês.
Aos que não conhecem o autor,
deixo este link aqui
Em um outro post, escreverei sobre esse romantista que é considerado
um dos grandes nomes da literatura em todo o mundo.

Aos interessados em participar do curso,
seguem umas informações:

os encontros se realizam uma vez por mês, aos sábados, a partir das 16 horas,
no Yazigi, João Pessoa, na av Rui Carneiro.
Precisa pagar? Não. Entrada é franca.
Precisa ser aluno da escola? Também não. Basta ter vontade de ir e conversar sobre literatura.
Preciso conhecer o autor? Não. Mas, se quiser, dá tempo de ler alguma coisa dele e discutir
com os colegas - mês passado, fui muito produtivo cada integrante falando sobre uma obra específica -
conversamos em abril sobre Roberto Bolaño -
deu meio que para adivinhar um todo a partir das falas de várias partes.
Foi um belo exercício.

Bom, sendo objetivo:

sugiro, pela praticidade, e por ser um momento muito recente da obra de Roth, que se leiam
os últimos trabalhos dele; romances curtos, fulminantes, que dá pra ler em um feriado, ou em um final de semana e, dependendo do leitor e de sua disponibilidade, em um dia.

eis as indicações:

 Eu a conheci há oito anos. Era minha aluna...

Animal Agonizante - há uma versão pro cinema, da qual eu não gosto muito, mas, é opinião minha - Roth detesta todas as adaptações que fazem de sua obra também... Conta a história de um professor universitário que se depara, por meio de uma furiosa paixão com uma aluna, com a descoberta de sua falência, de sua finitude...


Em torno da sepultura, no cemitério malcuidado, reuniam-se alguns de seus ex-colegas...

Homem comum - Tenho um carinho especial por este romance. Foi o que li primeiro. Há uma cena antológica, em que o personagem principal, uma espécie de sobrevivente, seus amigos todos vão morrendo, conversa com um coveiro - é Shakespeare na veia. Há outros momentos patéticos, do patético humano, o flerte do velho protagonista com uma jovem - sim, estamos diante, novamente, de um homem em ruínas em conflito com o mundo...

Ele perdera a magia. O impulso se esgotara...

A humilhação - Dizer o seguinte: Al Pacino quando leu, disse: quero fazer esse personagem. Comprou os direitos e vai protagonizar a adaptação pro cinema. É sobre um ator que perde o talento, encontra - sim, ele parece repetitivo, motivo pra dar a volta por cima ao encontrar um novo amor, mais jovem - mas... melhor não contar. 

***

Mas vale ler qualquer livro.
A obra de Roth é numerosa e vem sendo publicada no Brasil nas últimas décadas.
Até lá.
Espero vocês.

terça-feira, 12 de abril de 2011

reformulações

Amigos do Clube,
novidades.

Estarei, até junho, mais tempo em São Paulo do que aqui em João Pessoa.
Vou participar de uma oficina de criação literária com Michel Laub.
É um momento muito importante pra mim,
pra minha formação como escritor,
estou apostando - alto - nisso.
Devido a isto,
teremos que reformular nossos encontros.
Semana que vem, não estarei aqui.
Então, o encontro que aconteceria no sábado desta semana,
será transferido para o dia 30 deste mês.
Assim, dá mais tempo aos interessados em ler
a obra de Roberto Bolaño, escritor já sugerido.

A minha sugestão seria ler qualquer livro dele.
Isso para o clube.
Mas quem quiser começar a lê-lo, e me perguntar: por onde começo?
Eu não hesitaria em dizer - por "Estrela Distante".

Escrevei um post sobre isto.
Sobre alguns livros dele durante a semana. Durante este mês.
Anotem, então,
as novas datas:

dia 30 de abril Roberto Bolaño -
dia 28 de maio Philip Roth -
em junho, o mediador será o amigo e poeta André Ricardo
Aguiar, que anunciará o seu escritor em breve.

Sim, os que quiserem, podem receber, o pdf, por email,
de alguns livros de Bolaño - é só escrever para:

clubeleitorespb@yazigi.com
 

segunda-feira, 11 de abril de 2011

autores - mês de abril

Olá pessoal.
Quero dizer que o encontro foi muito proveitoso, sábado passado.
O pessoal está com disposição mesmo que partilhar leituras.
Esse primeiro momento expositivo vai perdurar só até o final do mês, quando tivermos, sim, um grupo consolidado de leitores.


Segue a lista dos autores dos próximos encontros:
Roberto Bolaño (Chile), dia 16
Philp Roth (Estados Unidos), dia 23
Ricardo Piglia, dia 30.

***

E você? Que autor gostaria de ver discutido no Clube?
Em maio, uma das propostas, é de que discutamos a obra de um autor

durante todo um mês, comentando uma livro em cada encontro?

Sugiram nos comentários. A participação de vocês é importante!

quarta-feira, 30 de março de 2011

Deus e o diabo em um quarto sem sol

Tommy Lee Jones esteve em Onde os Fracos Não Tem Vez, filme dos Coen, adaptação mais exitosa de uma obra de Cormac McCarthy.
Ao que parece, a amizade entre os dois prosperou. Jones dirige e protagoniza, ao lado de Samuel L. Jackson, Sunset Limited, lançamento deste ano, um filme para televisão, produzido pela HBO.

O filme baseia-se em uma peça. Quem lê McCarthy percebe que além de sua capacidade de fabulista, de grande narrador, há dois aspectos muito importantes em seu texto. O ritmo. As descrições e o andamento da história remetem à estrutura cinematográfica. Os diálogos. Ágeis, curtos e, recurso sofisticadíssimo, ponto de virada para o narrador invísivel em terceira pessoa, passar o bastão da narrativa para um personagem conduzi-la por sua própria voz. A maestria do escritor está em nos ludibriar, em não percebermos esta mudança.

É na construção dos diálogos que McCarthy mostra uma ligação intensa com o teatro, com a carpintaria de cena. Ele escreve os seus diálogos com rubrica. Isto é, entre uma fala e outra, dá indicações de ações dos personagens.

Em Sunset Limited, que é baseado em uma peça de teatro do escritor, os personagens Black e White ficam trancados em um quarto. White fora salvo por Black de uma tentativa de suicídio. Nesse filme de quarto fechado, quem vai duelar são as palavras (aqui tem um texto interessante publicado no NY times) a fé entrará em conflito com a dúvida - Deus e o diabo em um quarto sem sol


Cormac McCarthy é um escritor que tem dentro de si um dramaturgo e um diretor de cinema.

terça-feira, 22 de março de 2011

Cormac McCarthy

Muita gente aqui, com certeza, assistiu a Onde os fracos não tem vez.
Além de ser uma produção que recebe a grife dos irmãos Coen, a película conferiu o primeiro Oscar a dupla, na categoria melhor diretor, além de receber o prêmio de Melhor Filme.
O que é interessante nisso tudo é no próprio romance o ritmo cinematográfico já existe.
Agora há um elemento biográfico a ser levado em conta.
Cormac McCarthy,que também é autor de teatro, escreveu na década de 1980 um roteiro para cinema.
O projeto não foi adiante.
O escritor transformou, em 2005, o roteiro em romance e deu-lhe o título de "No country for old man" - título retirado do verso de abertura do poema "Sailing to Byzantium", do poeta irlandês William Butler Yeats (  That is no country for old men. The young/ In one another's arms, birds in the trees).
No ano seguinte os Coen adaptaram a obra e, num daqueles encontros em que dois mestres de linguagens diferentes recriam suas fronteiras, fizeram um filme em que fidelidade significou menos asfixia e mais capacidade criativa dentro de códigos e limites.

Cormac McCarthy será o assunto de nosso primeiro encontro. Clube de Leitura da Paraíba. Yazigi, dia 9 de abril, sábado, a partir das 16 horas. A entrada é franca. É necessário apenas a vontade de conhecer novos escritores em língua inglesa e espanhola.