domingo, 5 de junho de 2011

Ricardo Piglia














O autor deste mês do clube de leitores de João Pessoa é Ricardo Piglia
Argentino, professor de literatura. Completará 70 anos em novembro.
Escreveu 23 livros. Foram 5 na área de ensaio - não li nenhum; romance e conto empatam com 4 títulos cada.
Segue a lista abaixo e um comentário breve dos que já li. Coloquei um marcador nas obras que já li (em amarelo) e nos que estou lendo (laranja)


Contos

  • 1967 - A Invasão- 
Deveria ter lido o volume de trás para frente. Gostei muitíssimo das narrativas finais.  Piglia é um escritor que está sempre testando as formas de narrar. Vai sempre escavando um espaço entre a realidade e a ficção como se fizesse da metalinguagem um jogo de baralho. O boxe, os agentes secretos da ditadura argentina, as crianças, são alguns dos temas que ele aborda com maestria



  • 1975  Nome Falso
Obra-prima. Mistura de romance policial com crítica literária. Aqui, num volume curto e fulminante, que, não sei por qual razão é catalogado como um volume de contos, porque o encadeamento dos capítulos lhe dão uma unidade de romance; Piglia nesta obra prova que, sim, é um autor que contribuiu para colocar o gênero romance além de suas fronteiras, novamente trabalhando naquela hesitação entre verdade e verdade ficcional tendo como mote um conto perdido do escritor argentino Roberto Arlt, Piglia mostra porque é o grande nome da literatura sul-americana dos últimos tempos. 



  • 1988 Prisão perpétua
Foi o primeiro livro de Piglia que li e de que gosto imensamente. Lembro-me de personagens marcantes como o boxeador derrotado bêbado e com um recorte de jornal que lhe registrou à única glória; um jornalista que, por entender de psicolinguística conseguiu desvendar um crime. O engenho e a arte de um grande contador de histórias. Prometi a mim mesmo reler o livro até a reunião do clube. 


  • 1995 Contos Morais 
Não tenho notícia desta obra. Não saiu no Brasil e não consegui localizar a edição original em sites que eu confio - havia um na Amazon, mas como nunca comprei lá, fiquei com medo de arriscar. 

Romances
  • 1980 Respiração Artificial  
É o livro dele que estou lendo neste exato momento. Até onde li de Piglia, é aqui onde ele mais radicaliza; parecer que é uma espécie de Oito e meio dele. Gosto muito da cena inicial, um dos melhores começos de romance: "dá uma história? Se dá..." ; não só a frase inicial, mas a cena inicial é muito boa, com a descrição da foto, do tio, da história do tio, da história por trás da história do tio, uma verdadeira lição do que seja a "boneca russa", o encadeamento de histórias. 


  • 1992 A Cidade Ausente
Cometi o desatino de ler só a primeira frase e já gostei. Como estou na metade de Respiração Artificial, acredito que comece a lê-lo em pouco tempo. 







  • 1997 Dinheiro Queimado
Há um filme baseado no romance. Eu baixei e vi. Eu não sabia que a história se baseava em um fato real e, confesso, quando li o aviso ao final do filme, toda a película se ressignificou. Não sei o que vou fazer pra resistir e não ler mais de um romance ao mesmo tempo. 





  • 2010 Blanco nocturno
Ainda sem tradução pro Brasil, já o encomendei. É o último trabalho de Piglia. 






PS. Segue o link do trailer de "Plata Quemada". Escreverei outro post sobre a relação de Piglia com o cinema. Ele é roteirista, tem outros trabalhos nesta área.


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